segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Apaixonada por carro

Quem disse que a paixão por carros é coisa masculina?

Eu sempre fui uma grande entusiasta dos automóveis, acompanho tendências, leio revistas especializadas, checo os lançamentos e as promoções e adoro o universo automobilístico. Lavo o carro sempre que tenho oportunidade, aspiro, seco, encero, passo silicone protetor e tenho o maior cuidado com o meu pretinho básico.


Um dos motivos desse amor todo vem do meu pai, que sempre cuidou dos carros da casa com muito carinho e sabedoria. No passado papai foi mecânico, consertou muito fusca e brasília e até hoje se aventura desmontando, por hobby, uns motores mais sofisticados.

Fiat Panorama CL 1985 (a nossa é azul marinho metálico)

Não é a toa que ainda temos em nossa garagem um Fiat Panorama CL ano 85, Azul Marinho metálica, toda original. Carro esse, que me lembro como se fosse hoje, eu fui buscar com meu pai na Finit em Niterói. Eu tinha apenas 4 anos e fiquei tão feliz com nosso primeiro carro zero que convoquei todos os primos pra irem junto na concessionária. Resultado: Um carro novinho cheio de crianças na mala generosa que a Panorama possui.

Foi nela que aos 12 anos aprendi a dirigir com aulas ministradas por minha mãe.


Garelli Italiana 1970
 Minha paixão por motores surgiu quando eu era muito pequena. Aos 8 já me aventurava numa Garelli Italiana dos anos 70 que era de minha mãe na época que ela ainda não dirigia e precisava me levar na escola. Ainda temos essa relíquia. Toda original, tem até manual. A motinho usava óleo 2tempos + gasolina,  eu e a turma de mais umas 5 crianças acabávamos com 2 tanques em um dia, e meu pai coitado, tinha que se virar em mil pra conseguir tirar gasolina do carro sugando por uma mangueira,  e diversas vezes engolindo gasolina. Ter filhos é padecer no paraíso.


VW Brasília 1977
Assim que minha mãe tirou a carteira de motorista e conseguiu comprar seu primeiro carro, uma brasília azul céu linda, que foi roubada poucos meses depois com a minha coleção de pôneis dentro, ela aposentou a motoca e, alguns anos depois, a Garelli virou minha diversão favorita.


Com o incidente do roubo da Brasília, meu pai deu pra minha mãe o Fusquinha que era dele e comprou a Fiat Panorama.

Após alguns anos muito felizes com o fusquinha, um amigo do meu pai estava vendendo um passat 1980 bem conservado e minha mãe ganhou um novo carro. Por coincidência o Passat era também azul.
 
Passat LS 1980 - foi o favorito da mamãe

Rapidamente o Passat virou o xodó da mamãe. Segundo ela, ele foi o melhor carro que já havia guiado até então. Compreensível... passar de um fusca prum Passat foi realmente um grande avanço.
Nessa época viajávamos muito de carro pelas estradas brasileiras, a cada férias inventávamos um roteiro diferente. Fomos pra Bahia, pra Minas, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Além das viagens menores por dentro do Estado do Rio. Com isso tivemos necessidade de um carro maior e mais confortável.


Santana CL 2.0, 1999
Foi então que meu pai comprou um VW Santana 2.0, 1991, prateado. Era um carrão na época, e me lembro das minhas idas à garagem só pra apreciar e sentir aquele cheiro característico de carro novo. Abria a porta com a chave, ligava o som e por lá ficava durante uns 15 minutos só curtindo.


Por conta de um novo carro em casa, um teve que ser vendido, e lá se foi o Passat da mamãe que com isso herdou a Panorama. Passamos a viajar cada vez mais e mais, o carro era espaçoso e eu e minha irmã dividíamos o banco de trás com tranquilidade. Mesmo ela levando um urso gigante quase do tamanho dela, o banco de trás ainda assim era confortável pra nós três.


Citroen Xsara Picasso 2001


O santana ficou na família até 2001 quando meu pai foi contagiado pelos franceses. Nessa época eu já dirigia e já havia andado algumas vezes no santana do meu pai. Achava confortável mas muito baixo, a visibilidade não era o ponto forte desse carro. 

O Santanão foi trocado por um Citroen Xsara Picasso, recém lançado e super na moda. Esse sim era um carro que dava gosto de dirigir.





Mille Smart 1.0

Eu dividia a Panorama com minha mãe, já que ela quase não dirigia. Sensibilizado com a divisão entre nós de um carro velho, meu pai comprou um carro zero pra nós.

Um Uno Mille Smart 2001, Prata, completinho e muito bom de dirigir.  Esse carro não nos trouxe muita sorte. Na primeira semana ele foi batido, e dois anos depois, com 17.000km foi roubado.



Palio ELX 1.0 -2004
Com o dinheiro do seguro meu pai comprou um Palio Young também prata que ficou com a gente só um ano até comprarmos um Palio ELX 2004.

Esse sim foi meu grande companheiro de aventuras. Foi vendido no início do ano com 35.000km e super novinho.









 Em 2005, meu pai trocou o picasso prata dele por um Azul, automático. Era um sonho antigo ter um carro tiptronic e ele realizou.

Ficou com o Picasso Azul até semana passada quando ele enguiçou na rua, do nada, deixando papai na mão. Com isso ele também resolveu deixar a citroen pra lá e experimentar uma outra francesa.

Seguindo nosso exemplo, que trocamos o palio ELX 2004 por um Renault Sandero 2010, Preto, 1.6 8v, completo, papai comprou um StepWay 1.6 16v pra ele e acho que está bastante satisfeito com o carrinho metido a off-road.






Esse é o meu pretinho básico.

Estou bastante satisfeita, e apesar de ter sido feliz com a Fiat, não voltarei a comprar os carros da marca, por enquanto. O Sandero é um carro maior, mais robusto, confortável de dirigir e muito bom na estrada. Tem rodas aro 15 o que faz uma diferença gritante se comparado ao antigo pálio que tinha rodas aro 13 e era um verdadeiro inferno em estradas esburacadas. A mala é bem grande e o que mais impressionou foi o espaço interno. Para um carro popular-médio é o melhor custo-benefício atualmente.



 Esse é o metidinho do meu pai. A diferença é bem pouca. A motorização deste é 1.6 16v enquanto a do outro é 1.6 8v. Resultado do 16v é um motor mais silencioso e leve mas com consumo maior de combustível. O 8v é bem ruidoso, o motor parece mais forte e o consumo é menor.

O 8v é um carro melhor pra cidade por funcionar bem em baixa e ter boas retomadas. Vamos ver se realmente essa diferença entre 8v e 16v vai ser muito aparente.

O acabamento do stepway é um pouco diferente e senti o carro um pouco mais instável em alta velocidade e curvas. Deve ser por conta da altura do solo e dos pneus grandes.

Como já havia falado, esse carro é o melhor custo-benefício dos pop-médios do mercado atual. Pra quem pode gastar um pouco mais, o stepway vale a pena pelos ítens adicionais que possui, como computador de bordo, tecidos diferenciados, o visual esportivo,  a altura do solo e alguns opcionais como bancos em couro, ABS, air bags, volante em couro com regulagem e sensor de estacionamento.

Vamos ver se a Renault vai mesmo conquistar nossos corações em definitivo.

:)

2 comentários:

  1. muito legal.

    Também gosto muito de carros e motos.

    Já tive uma garelli igual a sua,

    depois tive uma CB450TRII,
    agora, estou louco para comprar uma tenere, mesmo que seja a 250.

    Já tive um doginho polara lindoooo,

    depois um pálio vermelho geração I, que ficou comigo 7 anos e 120mil km, nunca deu problema.

    Troquei por pálio cinza geração 3, motor 1.3, também ficou comigo 7 anos e outros 100km. Também nunca deu problema.

    agora, estou com sienna el 1.0 completíssimo, um pouco amarrado se comparar com o palio 1.3 (mais leve e mais motor). Mas é um bom carro, Também nunca deu problema.

    o próximo deve ser um punto - que acho lindo - ou um linea. Gosto de fiat, tem um belo design, são baratos, e não dão problemas. Pelo menos os que tive!

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